Por Mauricio Castro
O caso Brian Deneke, tragédia ocorrida em Amarillo, Texas, 1997, serve de base para o longa de
estreia de Jameson Brooks. Jameson é oriundo da cidade na qual o incidente
ocorreu, portanto tem total discernimento para transpor à tela os fatos e a
realidade da região. O jovem punk, Brian Deneke, de 19 anos, foi morto durante
uma briga com garotos de um time de futebol local, a causa da morte:
atropelamento. Ao volante estava Dustin Camp, na época com 17 anos, esportista
de exemplar família cristã. Bomb City é um filme sobre a parcialidade da lei em
um país retrogrado. É sobre a intolerância social, que ainda reina na terra
Yankee, vide seu atual presidente. Ao jogar uma luz no caso, o filme nos dá um
gostinho de justiça (ainda que tardio) revelando a faceta preconceituosa e
limitada dos sulistas conservadores, intolerantes e reacionários. Infelizmente,
Bomb City dialoga com nosso tempo, aqui na terra brasilis, tempo no qual
vivemos com leis e indignações seletivas forjadas sob o aval de “deus” e dos “bons”
costumes. Brian Deneke é lembrado até hoje, em Amarillo, no projeto Dynamite
Museum, e no mundo por bandas de Punk e Hardcore, um exemplo é “A Punk
Killed/Murderer” do Total Chaos.
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