domingo, 17 de junho de 2018

La Nuit a Dévoré le Monde (A Noite Devorou o Mundo, 2018) | Dir: Domenique Rocher - Crítica



Por Mauricio Castro


Em cartaz no Festival Varilux de Cinema Francês, o longa de estréia de Domenique Rocher tem a pretensão de usar o apocalipse zumbi como metáfora sobre a solidão humana, incomunicabilidade e todo um subtexto que dialoga muito mais com o drama existencial do que o horror. O jovem Sam, após romper com a namorada, vai até casa da garota buscar seus pertences. Ao chegar no local, e se deparar com um festa, decide se retirar a um cômodo vazio, e lá adormece. Porém, ao acordar (de um sono muito pesado, diga-se de passagem) se vê em um mundo tomado por uma horda de mortos-vivos. Como um náufrago urbano, ilhado em um prédio desabitado, Sam é a testemunha de uma civilização que chega ao seu crepúsculo. Se a premissa não apresenta grandes novidades, o mesmo não se pode falar de sua execução. Seja ela monótona ou não, é ao menos, interessante. Boa parte do longa exibe Sam como uma pessoa normal, inventando passatempos para não surtar. Tocando bateria, fazendo uma orquestra com utensílios domésticos, se exercitando... ou seja, o dia a dia, porém, sozinho. Se fugir do lugar comum dos filmes de zumbi te interessa, mesmo que para isso tenha que encarar um "papo cabeça" e por vezes entediante, veja A Noite Devorou o Mundo.

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