sexta-feira, 27 de abril de 2018

Bomb City, 2017 | Dir: Jameson Brooks - Crítica


Por Mauricio Castro 

O caso Brian Deneke, tragédia ocorrida em Amarillo, Texas, 1997, serve de base para o longa de estreia de Jameson Brooks. Jameson é oriundo da cidade na qual o incidente ocorreu, portanto tem total discernimento para transpor à tela os fatos e a realidade da região. O jovem punk, Brian Deneke, de 19 anos, foi morto durante uma briga com garotos de um time de futebol local, a causa da morte: atropelamento. Ao volante estava Dustin Camp, na época com 17 anos, esportista de exemplar família cristã. Bomb City é um filme sobre a parcialidade da lei em um país retrogrado. É sobre a intolerância social, que ainda reina na terra Yankee, vide seu atual presidente. Ao jogar uma luz no caso, o filme nos dá um gostinho de justiça (ainda que tardio) revelando a faceta preconceituosa e limitada dos sulistas conservadores, intolerantes e reacionários. Infelizmente, Bomb City dialoga com nosso tempo, aqui na terra brasilis, tempo no qual vivemos com leis e indignações seletivas forjadas sob o aval de “deus” e dos “bons” costumes. Brian Deneke é lembrado até hoje, em Amarillo, no projeto Dynamite Museum, e no mundo por bandas de Punk e Hardcore, um exemplo é “A Punk Killed/Murderer” do Total Chaos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário