segunda-feira, 10 de setembro de 2018

What Keeps You Alive (2018) | Dir: Collin Minihan - Crítica


Por Mauricio Castro

Em 2011, sob o pseudônimo de The Vicious Brothes, o canadense Collin Minihan e o americano Stuart Ortiz chamaram atenção dos festivais de cinema fantástico ao redor do mundo com seu modesto Grave Encounters (Fenômenos Paranormais, aqui no Brasil). Os renomados Sitges e Tribeca deram uma baita moral ao trabalho dos garotos. Os anos seguiram e a dupla continuou firme, estabelecendo sua marca no underground.

Eis que chegamos em 2018, e Collin Minihan, sabe-se lá porquê, decide alçar um vôo solo. Sem o projeto Vicious Brothers, Minihan prova que aguenta o tranco quando o assunto é direção e não faz feio. 

Whats Keeps You Alive tem uma premissa simples, até um tanto batida, mas fica nítido que o longa não tem a pretensão de reinventar a roda do horror.

Para celebrar o primeiro aniversário de casamento, a jovem Jackie leva sua esposa Jules até sua casa nas montanhas, um lugar cheio de valor afetivo, já que ela passou boa parte da infância no local, aprendendo a caçar com o pai. Ao chegar, o ambiente isolado e inóspito da natureza, permite que Jackie revele sua verdadeira personalidade e coloque em risco a vida de sua companheira. 

Além da direção acertiva de Minihan, destaca-se a atuação das duas atrizes principais: Hannah Emily Anderson e Brittany Allen (ambas presentes em Jigsaw, filme do ano passado). Você de fato acredita na fragilidade de Jules e na frieza (e psicopatia) de Jackie. 

Como nem tudo são flores, o longa tem seus deslizes e aposta muito nas conveniências de roteiro para criar situações de perigo. A fragilidade de Jules, em certos momentos irrita, e muito! Sabe os jovens burros que sempre fazem escolhas idiotas nos slashers? Então...

Porém, What Keeps You Alive surpreende e, ao menos pra mim, é uma boa surpresa do terror em 2018. 

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