segunda-feira, 4 de abril de 2022

Benedetta (2021) | Dir: Paul Verhoeven

 


Antes de começar essa sinopse, lhe pergunto: você se considera um defensor (ou defensora) da moral e dos bons costumes? Acredita na trindade deus, pátria e família? Bom, se você respondeu sim, essa sinopse não é para você, assim como, Benedetta não é um filme para você.

Bom, agora que ficamos a sós, você e eu, podemos começar a falar de freiras lésbicas, satanismo e imagens de santa usadas como dildo. Eu avisei. Você está aqui por vontade própria.

Baseado no livro Atos Impuros, de Judith C. Brown, o longa de Paul Verhoeven recria o primeiro caso de romance homoafetivo registrado pela igreja católica. Benedetta Carlini ainda na infância é deixada num convento como pagamento da promessa feita pelo pai. Nos primeiros momentos, Benedetta já se mostra um ponto fora da curva. Tem visões nada santas com a figura de Jesus e desejos que nada condizem com uma noviça. Com a chegada de uma estranha ao local, eventos estranhos irão acontecer e o moralismo católico cairá sobre Benedetta com toda sua força.


Benedetta foi vendido como “o filme que chocou Cannes” (ô turminha que se choca nesse festival, hein). Contudo, realmente, Benedetta é um filme que não se assiste com a família no sofá numa tarde de domingo. E digamos que, sutileza não é o forte de Paul Verhoeven. O sexo e o sangue no longa não se escondem. Ótimo filme para uma dobradinha com The Devils, do Ken Russell.



Nenhum comentário:

Postar um comentário