terça-feira, 15 de maio de 2018

Day of the Dead (O Dia dos Mortos, 1985) | Dir: George Romero - Crítica



Por Mauricio Castro

Quando os detratores usam o ritmo lento de O Dia dos Mortos como argumento para o desqualificar, eles até estão certos. Realmente, Dia dos Mortos tem os seus dois atos iniciais extremamente arrastados. A primeira vítima de um zumbi é atacada somente aos 58 minutos. Porém, essa lentidão se justifica perante o que está por vir no ato final. Os 40 minutos finais irão recompensar, e muito, os que até ali chegaram. O Dia dos Mortos tem algo único na, até então, trilogia de Romero, recebe a influencia do Splatter italiano, e assim como em Zombie, de Lucio Fulci, o sangue jorra na tela, aos litros. Destaque para os efeitos do mestre Tom Savini. Além disso, as críticas de George Romero, como de praxe, se fazem presentes. Militarismo e abuso de poder (assunto que já havia sido abordado pelo diretor em Crazies, de 1973), conflito na ciência, cobaias e extermínio, machismo, e outros subtextos são explorados nas entrelinhas deste, que pra mim, é um dos melhores exemplares do subgênero já feitos (e meu favorito da trilogia).

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