terça-feira, 22 de maio de 2018

Downrange, 2017 | Dir: Ryuhei Kitamura - Crítica


Por Mauricio Castro

O novo trabalho do japonês Ryuhei Kitamura (de Midnight Train e Azumi) tem uma premissa interessante, e que devido a sua simplicidade, cai como uma luva na produção de orçamento limitado. Durante uma viagem, a qual em momento algum do filme é citado o motivo para que ela aconteça, um grupo de jovens (calma, não é mais um slasher) precisa parar na estrada devido a um pneu furado. Ao ficarem dando sopa em meio ao nada, um sniper começa a disparar seu rifle contra eles, e pronto, temos nossa carnificina. Se a ideia original de Downrange é promissora e permite uma gama de possibilidades, o mesmo já não se pode falar de sua execução e suas (diversas) pisadas na bola. O filme que inicialmente não perde tempo com lenga lenga e parte logo para  a matança dá uma travada violenta quando, no seu segundo ato, devaneia em sentimentalismos rasos (e com interpretações tragicômicas). Ainda exige de você, espectador, muito da sua suspensão de descrença para aceitar que algumas cenas possam fazer o mínimo de sentido. Sério, alguns momentos parecem saídos de Todo Mundo em Pânico. Porém, Downrange até tem lá seus méritos. O gore é competente, o assassino é bem trabalhado, com uma atmosfera de suspense em sua construção, e utilizando apenas um cenário natural, e excetuando suas cagadas, o roteiro te segura até o fim (afinal, se você já deu o play né?! Agora foda-se). Downrange não entrega um resultado final espetacular, mas não custa nada dar uma conferida.

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